quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Escrevendo meu Mundo




Descrevo imagens que somente meus olhos podem ver
Súbito mergulho em que penso em morrer
Várias idéias que se dobram e se coalizão
Insepulto o oculto e os meneios falsos

Sinto êxtase quando deitada pensando em maldições
Podem até me cassoarem e me chamarem de débil
Débil são os incertos que vivem em sua gleba
Achando que a vida vale a pena e é bela.

Quem aqui nunca se traiu?
Quem aqui nunca acordou com uma ressaca moral?
Quem aqui nunca se entregou a uma orgia intelectual?
Ou aquela orgia de liberalidades censuradas?

Mas aqui no meu mundo a abstração é certa
Não existe espaço para reminiscência
Existe ardor em cada transfusão de pensamento
Ah! Compúnhamos o meu mundo.

Ás vezes fico cálida e provoco desencontros
Sou distraída e despersonalizo o que esta a minha volta
Imito a arte de morrer e vivo a desgraça de viver
A vida é um labirinto que invento

Apavoro-me quando o cofre de meus segredos é revelado
Insônias me seguem e deixam-me em estado febril
Nesse caso perco-me em palavras falsas
Um cemitério se forma em minha volta

As cartas lacradas foram roubadas do cofre
Cartas que tentam falar sobre o amor
As ilusões são idéias românticas
Que escrevo metaforicamente

Eu revezo minhas loucuras para não se degenerarem
Turbulências de meus anseios que me causa espasmo
Eu me perco em explicações retorcidas
Mentiras forçadas e antecipadas.

Não acredito em nada, nem em mim.
Sou imprevisível em ações e em palavras
Quando decido me enlatar, é para me isolar.
Coloco meu monóculo para viajar

A minha saciedade não estagna
Ela se aventura em mais demagogias
Consentimentos não são presentes
Interpreto-os somente por conveniência

Sou desagradável aos olhares de inimigos
Quase não os tenho por não ter muitas amizades
Estremeço quando me bate a solidão
Minha carência é convergência a imitar.

Minhas palavras não possuem mel
Nem espere esse meu talento nos papéis
Único talento que tenho é fazer loucuras
Criar poesias e canções e fazer de orações

AH! Como o intervalo pelo filtro relaxa
Escutar cazuza e virar a noite para ter alguma graça
Eu trago-me sempre respostas bandidas
Estou perdida em meus sonhos

Eu bafejo meus descontentamentos
Quanta impunidade eu mesmo me faço
Forjo tudo que me pertence
Forjo até quem tem por mim consangüinidade.

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