Tudo vira poesia,
Meus pensamentos, meus sonhos, minhas dores,
Encantos e desencantos.
Quando a luz da Lua cheia refrata em meu rosto,
Eu sou um verme, uma carne velha,
Sou mancha de um estereótipo.
Minha alma é profunda,
Não rompe ligamentos passados,
Nem expurga a cruz de minha angustia e depressão.
Prefiro os remédios que vem com bulas,
Desses momentos pequenos de felicidade,
E soníferos para sentimentos.
Entendendo e suportando,
O futuro na ilusão de um presente saudável,
Futuro de estupidez.
Afundando, libertando, volto a afundar.
Sim!!! Sou uma droga perfeita de perfeição,
Espalho contaminação.
Chutando esquinas de sopas dogmáticas,
Cuspindo nas calçadas das igrejas,
Vomitando toda pilula de entusiasmo.
Não sei se vale a pena mais sonhar.
Talvez deixar o destino cuidar.