quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sopa de letrinhas dogmáticas




















Tudo vira poesia,
Meus pensamentos, meus sonhos, minhas dores,
Encantos e desencantos.

Quando a luz da Lua cheia refrata em meu rosto,
Eu sou um verme, uma carne velha,
Sou mancha de um estereótipo.

Minha alma é profunda,
Não rompe ligamentos passados,
Nem expurga a cruz de minha angustia e depressão.

Prefiro os remédios que vem com bulas,
Desses momentos pequenos de felicidade,
E soníferos para sentimentos.

Entendendo e suportando,
O futuro na ilusão de um presente saudável,
Futuro de estupidez.

Afundando, libertando, volto a afundar.
Sim!!! Sou uma droga perfeita de perfeição,
Espalho contaminação.

Chutando esquinas de sopas dogmáticas,
Cuspindo nas calçadas das igrejas,
Vomitando toda pilula de entusiasmo.

Não sei se vale a pena mais sonhar.
Talvez deixar o destino cuidar.

Pensamento




















Sou uma bomba relógio,
Feita de loucuras, sonhos e lágrimas.
Sou um curto intervalo no tempo,
Caminhando em busca da paz.

Deixar de falar e me calar,
Cobrir-me em silêncio.
Pensar na morte e escutá-la,
Morrer nesse esquecimento.

Tenho os punhos trêmulos e corpo aflito.
A esperança ás vezes é certa outras vezes incerta.
A dor me faz cogitar o suicídio,
Enfrento as noites de solidão.

Descobri que morri em você.
E me suicidei do mundo.