terça-feira, 11 de maio de 2010

Entrelinhas














Recebi um envelope com letras envenenadas.
Palavras que deixaram minha sombra mais triste.
Não me sinto esfuziante a tempos,
A memória lapidada deixou de ser manipulada.

Quantas águas tamborilaram por essa vidraça.
Hoje esta suja e empoeirada.
Não me sinto esfuziante a tempos
Sinto a mesma dor e meus olhos que estão secos.

Eu sou a fabulista de minha vida.
Estranha e louca vida.
Não me sinto esfuziante a tempos,
Loucura que escorre por entre os dedos.

Mente fechada com ferrolho.
O lugar agora é escuro e sereno.
Esfuziante estou,
Aqui na cama descansa toda a minha sede e meu sossego.

Minha face parece calma.
Ela não parece, ela esta calma.
Esfuziante estou.
Esqueci o perfume dos crisântemos ao relento.

Por mais que eu sinta a poeira do vento nos olhos,
Não sinto mais os olhos machucados.
Sinto-me muito esfuziante,
Devido a sua fisionomia de anjo decadente.

Devolvi o envelope envenenado.
Agora, embedecido em absinto.
Chega de mistério onipresente e fictício,
Não vou mais além do abismo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estrada de imagem Latente












Uma nova estrada,
Que andando por entre ela,
Cada vez mais violenta.

Sensibilidade camuflada,
Misterioso caminho sem verde,
Seu ar com cheiro diferente.

Pálidas sempre são as traduções,
Quando forjamos as emoções,
E petrificamos o coração.

Vida, vida.
Levem essa vida pela estrada,
Não preciso de lembranças embaçadas.

Vida, vida.
Correndo o mais rápido possivel,
Lás na frente tudo continua invisivel.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Extraviada

Tênue melancolia,
De toda essa inconsciência em mim.
A vida sem sentido duvida,
A ilusão e a matéria falsa longe de mim.

A noite é curta,
Sempre vago em pensamentos.
Pra quê pensamentos?
Nem sei o que falta aqui!

Eu era uma princesa,
Que amou e adormeceu.
Esqueceu -se de tudo ao acordar,
Origem extraviada.

Me perdi,
E nem adianta a luz querer me encontrar.
Sempre morro na luz,
Quando tento nela me fixar.

Silêncio de meu Exilio

Tudo em meu coração é dor,
E sei de onde ela vem,
Entorpece - me com ópio,
Em que o sonho não mais exila.

Aqui, dentro de mim,
A mágoa em horror chora.
O cavaleiro que me amou,
É o mesmo que hoje cessou.

Ninguém sabe e nem imagina,
Que tudo aquié trêmulo,
Não tem luz nem cor,
Apenas a presença e a dor do calor.

Minha tristeza muitas vezes não tem causa,
Muitas vezes nem causa nem fim.
Horas? Não preciso delas,
Pois o tempo nada cura.

Meu silêncio é o tempo,
Tempo de exilio.
Nem as estrelas compreendem o destino,
Nem eu, nem você, nada somos.

Meu silêncio é o meu exilio.