Essa caverna interior esta em um imerso sanatório
Corrupto todos os pensamentos alheios das visitas
Planejando uma súbita saída
Ó! Meus caros! Não quero sair daqui
Sinto-me fadigada lá fora ao sair
Daqui não desejo sumir
Donde o mundo lá fora é criminoso por estarmos aqui
O negrume daqui é verdadeiro
Lá de fora uma inquietude sem fim
Isolo-me sim, de tudo e de todos.
Não quero ser graciosa pra ninguém
Não sou nem comigo mesma
Machuco-me quando necessário
Estar viva é riscar fogo
Resignada estou á isso
Mas nada a de se fazer
Esperar é tédio
Talvez morrer...
Estou impoluta de gente
Somente quando aqui estou
Tenho até um quarto rubro
Rubro também esta meus olhos
Quando lá fora tudo me ataca
Minha cabeça fica cheia e vem advertência
Aqui é tranqüilo e sereno
Nunca senti paz em meu interior
Mas aqui sinto melancolia
A desordem esta toda lá fora
Assim como a demência e a loucura
Que insistem em dizerem que tenho
A loucura esta na lucidez
Quem não é lúcido é normal
Simplesmente tampam a panela
Sanatório meu lar doce lar.
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